A terceira idade é um período caracterizado por intensas mudanças físicas, patológicas, sociais e emocionais. O idoso revê seus conceitos sobre dinheiro, trabalho, ambições, beleza, vida, prazer e sexo; prefere mais qualidade ao invés de quantidade em tudo, inclusive nas suas relações sexuais.
Sexualidade
A sua função sexual se altera basicamente pelas mudanças fisiológicas e anatômicas do organismo provocadas pelo próprio processo de envelhecimento. Porém, não se pode associar essa fase da vida à perda ou à incapacidade de manter relações sexuais. As dificuldades normalmente se iniciam a partir dos 50 anos, pois além da diminuição lenta e gradual da testosterona, há uma maior incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, obesidade e dislipidemias muitas vezes agravadas pelo fumo, álcool, estresse, sedentarismo e outros fatores de risco.
Causas da diminuição da atividade sexual do homem idoso
1) Problemas relacionados com a parceira, que pode ser incapaz fisicamente, não ter interesse por sexo ou estar ausente. É fundamental que o homem idoso tenha alguém com carinho e habilidade manual suficiente, capaz de provocar as suas ereções.
2) A má qualidade da relação afetiva, onde existe falta de carinho, afeto e amor. São os casais que já não se gostam, apenas se toleram e muitas vezes nem se suportam.
3) O mau estado de saúde física e mental do casal idoso, portador de artrose, demência, DPOC, seqüelas de AVC, etc.
4) A diminuição da libido, pela queda da testosterona e pela baixa freqüência das relações sexuais.
5) A DE e a ansiedade de desempenho, onde a expectativa de falhar inibe a iniciativa de ter relações pelo medo de passar por constrangimento.
6) Os efeitos colaterais de medicamentos como anti-hipertensivos, antiácidos, beta-bloqueadores, tranqüilizantes, etc.
7) A falta de condições adequadas para o encontro amoroso, como nos casais idosos que moram junto com filhos ou em asilos.
8) A ignorância com relação às alterações naturais do envelhecimento, não respeitando as mudanças biológicas da idade.
9) O negativismo cultural e religioso da sociedade. O idoso absorve a imposição social e cultural de que não deve mais estar interessado em sexo a acaba se reprimindo.
10) A baixa auto-estima que impede o homem idoso de procurar parceiras ou de tomar uma iniciativa nas relações.
O preconceito contra o sexo na terceira idade
O preconceito social contra o casal idoso sexualmente ativo vem de todos os lados. Na própria família, com filhos e netos fazendo comentários e piadas constrangedoras; pela mídia, que valoriza apenas a beleza da juventude; pelos amigos e vizinhos, mal informados, deprimidos e desinteressados; pela religião, quase sempre muito conservadora e por toda a sociedade em geral.
A maioria das pessoas pensa que quando o homem se aposenta do trabalho está quase se aposentando da vida também.
Por outro lado, muitas vezes, vemos com freqüência o casal idoso sendo provedor financeiro de filhos e até de netos adultos, ainda fazendo viagens, participando da comunidade e de cursos universitários.
A RELIGIÃO
Na velhice, a proximidade da morte faz o casal se apegar mais intensamente à religião, que muitas vezes é adotada como uma forma de renúncia, resignação, repressão e até mesmo de alienação. Como na terceira idade não há mais o caráter reprodutivo, a atividade sexual dos idosos passaria a ser considerada pecaminosa, criando neles uma sensação de culpa e desvio moral, reforçando o estereótipo de que o ancião deveria ser uma pessoa assexuada.
QUEDA
As causas que provocam as quedas são múltiplas e podem ser agrupadas em fatores intrínsecos e extrínsecos. Entre os primeiros, encontram-se as alterações fisiológicas pelas quais o idoso passa, condições patológicas e efeitos adversos de medicações; ou uso concomitante de medicamentos. Entre os fatores extrínsecos, destacam-se os perigos ambientais e calçados inadequados2. A maioria das quedas apresentadas pelos idosos resulta de uma interação complexa entre estes fatores, comprometendo os sistemas envolvidos com a manutenção do equilíbrio.
A queda é um evento comum para a maioria das pessoas idosas e pode ter conseqüências desastrosas. No Brasil, segundo dados do Sistema de Informação Médica/Ministério da Saúde, entre os anos de 1979 e 1995, cerca de 54.730 pessoas morreram devido a quedas, sendo que 52% delas eram idosos, com 39,8% apresentando idade entre 80 anos e 89 anos3. A participação das quedas na mortalidade proporcional por causas externas no Brasil, entre os anos de 1984 a 1994, cresceu de 3% para 4,5%4.
No Brasil, em um estudo epidemiológico realizado com idosos da comunidade residentes na cidade de São Paulo, a prevalência de quedas foi de 30% e de quedas recorrentes, cerca de 11%4. Entre idosos residentes em instituições de longa permanência em outros países, esta prevalência pode subir para cerca de 60% a 75%5. Estudos acerca da prevalência de quedas em idosos institucionalizados no Brasil ainda são escassos.
Fatores que influenciam
A hipertensão arterial sistêmica é a doença crônica mais comum entre os idosos, sendo que sua prevalência aumenta progressivamente com a idade e consiste no principal fator de risco para os acidentes vasculares cerebrais.
- temos a hipotensão ortostática também comum nesta faixa etária, tornando-os vulneráveis às quedas.
-Distúrbios músculos-esqueléticos, como osteoartrose, que resultam em rigidez e dor nas articulações, estão ligadas à instabilidade no caminhar e no equilíbrio.
-Para Tinetti16, as doenças crônicas e as deficiências físicas presentes nos idosos contribuem para a ocorrência de quedas.
-Inúmeras alterações fisiológicas relacionadas à idade podem afetar o desempenho visual e levar ao risco de quedas.
Estima-se que o ser humano pode alcançar a idade de 120 anos ou mais, ainda com um mínimo de reserva, desde que não apresente, durante toda vida, qualquer tipo de doença ou distúrbio9. A maior idade alcançada pelo ser humano registrada até hoje foi 120 anos no gênero masculino e 122 anos no feminino.
A velhice para muitas pessoas é percebida como uma fase dolorosa da vida, sem perspectivas e marcada pela presença de doenças e perdas. A dificuldade do convívio social dos idosos, quer na família ou na instituição asilar, pode ser conseqüência das alterações fisiológicas e fisiopatológicas decorrentes do envelhecimento. Acreditamos que as pessoas envolvidas com os idosos, sejam cuidadores, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas ou outros profissionais, devem motivar os mesmos mediante atividades sócio-interativas, no sentido de que estes possam se engajar ativamente, diminuindo os fatores que levam às alterações do processo de envelhecimento, como a inatividade e depressão.
Dados retirados do artigo : Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados (Ruth Losada de MenezesI; Maria Márcia BachionII Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás)
osteoporose
Uma doença que atinge os ossos. Ocorre quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames
O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis hormonais do organismo. O estrógeno — hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea
As mulheres são as mais atingidas pela doença. Na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, um homem desenvolve o mal.
Algumas opções para prevenção.
Fazer exercícios físicos regularmente. Atividades esportivas aeróbicas são as mais recomendadas | Dieta com alimentos ricos em cálcio — como leite e derivados; verduras, como brócolis e repolho, camarão, salmão e ostra | A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose |